Stonehenge

Stonehenge
Energia da Natureza

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Sobre o Amor, Rosas e Espinhos...

"Amor que é amor dura a vida inteira. Se não durou é porque nunca foi amor.

O amor resiste à distância, ao silêncio das separações e até às traições. Sem perdão não há amor. Diga-me quem você mais perdoou na vida, e eu então saberei dizer quem você mais amou.

O amor é equação onde prevalece a multiplicação do perdão. Você o percebe no momento em que o outro fez tudo errado, e mesmo assim você olha nos olhos dele e diz: "Mesmo fazendo tudo errado eu não sei viver sem você. Eu não posso ser nem a metade do que sou se você não estiver por perto."

O amor nos possibilita enxergar lugares do nosso coração que sozinhos jamais poderíamos enxergar.

O poeta soube traduzir bem quando disse: "Se eu não te amasse tanto assim, talvez perdesse os sonhos dentro de mim e vivesse na escuridão. Se eu não te amasse tanto assim talvez não visse flores por onde eu vi, dentro do meu coração!"

Bonito isso. Enxergar sonhos que antes eu não saberia ver sozinho. Enxergar só porque o outro me emprestou os olhos , socorreu-me em minha cegueira. Eu possuia e não sabia. O outro me apontou, me deu a chave, me entregou a senha.

Coisas que Jesus fazia o tempo todo. Apontava jardins secretos em aparentes desertos.

Na aridez do coração de Madalena, Jesus encontrou orquídeas preciosas. Fez vê-las e chamou a atenção para a necessidade de cultivá-las.

Fico pensando que evangelizar talvez seja isso: descobrir jardins em lugares que consideramos impróprios.

Os jardineiros sabem disso. Amam as flores e por isso cuidam de cada detalhe, porque sabem que não há amor fora da experiência do cuidado. A cada dia, o jardineiro perdoa as suas roseiras. Sabe identificar que a ausência de flores não significa a morte absoluta, mas o repouso do preparo. Quem não souber viver o silêncio da preparação não terá o que florir depois...

Precisamos aprender isso. Olhar para aquele que nos magoou, e descobrir que as roseiras não dão flores fora do tempo, nem tampouco fora do cultivo.

Se não há flores, talvez seja porque ainda não tenha chegado a hora de florir. Cada roseira tem seu estatuto, suas regras...

Se não há flores, talvez seja porque até então ninguém tenha dado a atenção necessária para o cultivo daquela roseira.

A vida requer cuidado. Os amores também. Flores e espinhos são belezas que se dão juntas. Não queira uma só. Elas não sabem viver sozinhas...

Quem quiser levar a rosa para sua vida, terá que saber que com ela vão inúmeros espinhos.

Mas não se preocupe. A beleza da rosa vale o incômodo dos espinhos..." 

(Pe. Fábio)

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Eu desisto...


É isso mesmo, entreguei os pontos, não dá mais, acabou.
Essa frase soa com tanta força, não é?
Mas é verdade, eu desisti mesmo.
De um monte de coisas.
 
Desisti de reclamar de quem não quer aprender.

Decidi me concentrar em quem quer...
E se você olhar bem direitinho, perto de você tem um monte de gente sedenta de conhecimento.
 
Desisti de tentar emagrecer para ser igual a todo mundo.
Resolvi ter o peso que eu devo ter, por uma questão de saúde, por uma questão de bem estar.
Só isso.
 
Desisti de tentar fazer com que as pessoas pensem do jeito que eu gostaria que elas pensassem.
Achei melhor buscar respeitar o outro do jeito que ele é.
Imagina se o mundo fosse feito de milhões de pessoas iguais a mim...
Ah, isso ia ser um tormento!
 
Desisti de procurar um emprego perfeito e apaixonante.
Achei que estava na hora de me apaixonar pelo meu trabalho e fazer dele o acontecimento mais incrível da minha vida, enquanto ele durar.

Desisti de procurar defeito nas pessoas.
Achei que estava na hora de colocar um filtro e só ver o que as pessoas têm de melhor.
Defeito todo mundo acha, quero ver achar qualidades em quem parece não tê-las.
 
Desisti de ter o celular mais “psico-tecno-cibernético” do mercado.
Agora eu só quero um telefone, pra falar.
É muito frustrante comprar o mais novo modelo e dias depois ver que ele já foi superado. É pra isso que a indústria trabalha.
Aproveitei o gancho e apliquei o conceito também a outros produtos: relógio, computador, máquina fotográfica, carro.
 
Desisti de impor minha opinião sobre tudo.
Decidi que de agora em diante vou ouvir todas as opiniões, mesmo as contrárias, e vou tentar tirar proveito de cada uma delas.
É mais barato compartilhar as opiniões do que brigar pra manter só uma.

Desisti de ter tanta pressa.
Tudo na vida tem seu tempo, e se não acontecer, não era pra acontecer.
Não quer dizer que eu vou “deixar a vida me levar” e parar de correr atrás do que eu acredito, mas não vou me desesperar se eu perder o vôo.
Sei lá o que vai acontecer com o avião...
 
Desisti de correr da chuva.
Tem coisa mais bacana que tomar banho de chuva?
Há quanto tempo você não sente aquele cheiro de terra molhada?
E se o resfriado chegar, qual o problema? Não vai ser o primeiro nem o último.
 
Desisti de estudar por obrigação.
Agora eu faço da leitura um momento de prazer...
Cadeira confortável, pezão pra cima, um chocolate quente, minha gata ronronando do lado.
Os livros agora ficaram menores e mais fáceis, mesmo que seja a CLT ou a NBR 9004.
 
Desisti de buscar uma planilha de indicadores toda verdinha.
Os índices são assim mesmo, às vezes melhoram, às vezes pioram. Isso é o mundo real.
Eu não vou deixar de fazer a gestão sobre eles, mas decidi que não vou mais sofrer por isso.
Bons ou ruins eles devem gerar aprendizado e isso é o mais importante.
 
Desisti de trabalhar para fazer o meu sistema da qualidade ser perfeito.
Eu prefiro mantê-lo sob controle, funcionando, ajudando as pessoas, ajudando os processos, dando resultados, mesmo que aos poucos.
Com essa filosofia eu ganhei um monte de parceiros, ao invés de cultivar inimigos.
 
Se eu fosse você, desistia também...
Tem um monte de coisas que você faz, carrega e sente, que não precisa.

Pense nisso!!!

(Thais Cadorim)  

Sophia - A Natureza Feminina de Deus


Eu sou a força suprema e ardente que emite as centelhas da vida.
A morte não faz parte de mim, embora eu a aceite, e em conseqüência sou provida de sabedoria bem como de asas.
Sou aquela essência viva e ardente da substância divina que jorra na beleza dos campos.
Eu brilho na água, eu queimo no sol, na lua e nas estrelas.
É minha, aquela força misteriosa de ventos invisíveis.
Eu sustento e alento tudo o que vive.
Respiro no verde e nas flores, e quando as águas fluem como coisas vivas, sou eu.
Ergo as colunas que sustentam a terra.
Sou a força que reside nos ventos, de mim eles se originam e assim como um homem consegue mover-se porque respira, assim o fogo não queima a não ser com o ar por mim soprado.
Tudo isto vive porque estou em tudo isto e sou a vida.
Sou a sabedoria.
É minha a emissão do verbo proferido, através do qual todas as coisas foram feitas.
Eu impregno todas as coisas para que não pereçam.

Eu sou a vida.

(Autor desconhecido)

quinta-feira, 15 de abril de 2010


O Valioso Tempo dos Maduros


“Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora.
Tenho muito mais passado do que futuro.
Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de jabuticabas.
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.
‘As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos’.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa…
Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade…
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade.
O essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial!”

(Mário de Andrade)

terça-feira, 13 de abril de 2010



The Kiss Day - 13 de abril

“O beijo é uma forma de diálogo.”

“O amor é grande e cabe nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar".
(Carlos Drummond de Andrade)

Foto: Norah Jones & Jude Law (My Blueberry Nights)

segunda-feira, 12 de abril de 2010

El Despertar de la Lucidez

"Uno sabe pero se olvida de que sabe, ésa es la manera de convivir con la lucidez. Pero la cosa se complica cuando uno no puede olvidar. El despertar de la lucidez puede no suceder nunca, pero cuando llega, si llega, no hay modo de evitarlo; y cuando llega se queda para siempre. Cuando se percibe el absurdo, el sinsentido de la vida, se percibe también que no hay metas y que no hay progreso. Se entiende, aunque no se quiera aceptar, que la vida nace con la muerte adosada, que la vida y la muerte no son consecutivas sino simultáneas e inseparables. Si uno puede conservar la cordura y cumplir con normas y rutinas en las que no cree, es porque la lucidez nos hace ver que la vida es tan banal que no se puede vivir como una tragedia.

Es un don y un castigo, está todo en la palabra: lúcido viene de Lucifer, el arcángel rebelde, el demonio; pero también se llama Lucifer el lucero del alba, la primera estrella, la más brillante, la última en apagarse. Lúcido viene de Lucifer y Lucifer viene de luz y de ferous, que quiere decir “el que tiene luz”, el que trae la luz que permite la visión interior, el bien y el mal, todo junto; el placer y el dolor. La lucidez es dolor. El único placer que uno puede conocer, el único que se parecerá remotamente a la alegría, será el placer de ser consciente de la propia lucidez: el silencio de la comprensión, el silencio del mero estar. En esto se van los años, en esto se fue la bella alegría animal. Pizarnik: genial.

El lúcido puede seguir viviendo mientras conserve el instinto de la especie, el impulso vital. Es muy posible que, con los años, esa fuerza oscura e instintiva se pierda. Es necesario entonces apelar a algo parecido a la fe; hay que inventarse un motivo, una meta que nos permita reemplazar el impulso animal perdido por una voluntad fríamente racional. Pero esa voluntad es muy difícil de mantener. De repente, sin motivo, se va, se apaga, desaparece. Es entonces cuando se sigue o no se sigue, se puede o no se puede. Y si no se puede no hay culpa. No importa el amor de los otros ni el amor que uno siente por ellos: si uno no sigue, todo sigue sin uno y sigue igual. Todo pasa, pasa la ausencia. Se conoce la muerte antes de morir, es un final antiguo, un final muy común, es un final deseado que se espera sin temor porque uno lo ha vivido ya muchas veces. Todo da igual".

Trecho do Filme "Lugares Comunes"

domingo, 4 de abril de 2010

Simbologia Pascal


No Judaísmo, a Páscoa significa época de libertação, renovação, abundância, fertilidade. A Páscoa (Pessach) é uma festa da primavera, que dura oito dias, em que se comemora a libertação dos judeus da escravidão no Egito e sua formação como o povo do Deus único, com uma religião e um destino comuns.

Lag Baomer, data que relembra a luta contra os romanos. Lag Baomer é o trigésimo terceiro dia da contagem do omer. A contagem dos quarenta e nove dias, que começa no 2º dia de páscoa e termina na Pentescostes. A primeira contagem realizada pelo povo judeu ocorreu na saída do Egito, sendo motivada pela forte ansiedade com que esperavam para receber a Tora, daí a diferença entre nosso calendário com o Judaico*.

Pentecostes (Shavuot): são sete semanas a contar depois do primeiro dia de páscoa, que, atualmente, comemora-se a entrega da Torá aos judeus no Sinai. Representam historicamente o dia em que os judeus levavam ao templo os primeiros frutos da colheita (bikurim), como oferenda, em sete espécies: trigo, cevada, vinha, oliva, figo, tâmara, romã.

No Catolicismo, a páscoa é uma das suas festas mais importantes, o que se comprova pela obrigatoriedade de seu maior sacramento somente na época de páscoa, a eucaristia, que a cerimônia de consagração da hóstia e do vinho durante a missa, após a qual é dada a comunhão: os cristãos católicos recebem a hóstia molhada ao vinho, simbolizando a sagrada ceia e a transmutação do Corpus Christi. Considera-se que a comunhão fortalece o cristão na fé e o aproxima de Deus, protegendo-o do mal.

A páscoa acontece durante a festa da Semana Santa, que começa na segunda-feira. Entre os principais acontecimentos há a Via Sacra, celebração que rememora os principais acontecimentos da vida de Jesus na terra, atualmente, em 15 etapas, estampadas em pinturas ou esculturas. Entre elas, na 5ª feira, a celebração da Eucaristia com os doze apóstolos, quando também acontece o chamado Lava-Pés, em que Jesus, dando exemplo de humildade e paciência para com as suas ovelhas, dá a diretriz de como os líderes da sua igreja devem se portar com os cristãos; na Sexta-Feira da Paixão, há a rememória da morte de Jesus na cruz, o que deve despertar no cristão o agradecimento por esse grande gesto de amor; no Sábado Aleluia, acende-se o Círio Pascal, uma grande vela que simboliza a luz de Cristo, que ilumina o mundo material e espiritual, possibilitando voltasse do reino da morte ou Hades, e ressuscitasse, trazendo, ao mundo, uma nova esperança e renovada na fé cristã, o que acontece no Domingo de Páscoa ou da Ressurreição, simbolizando a vitória da vida sobre a morte. Durante toda a Semana Santa, procura-se a conscientização do sacrifício da paixão e morte de Cristo, e, como sinal de gratidão, que se faça uma síntese de sua própria vida, onde cada cristão deve se reavaliar.

Assim, o ovo de páscoa simboliza uma mescla da tradição cultural das duas religiões: do Judaísmo, a fartura e o crescimento da população; do Catolicismo, o surgimento de uma nova vida, ressuscitada na fé e no amor em Cristo e no Pai, que é Deus, e na caridade para com as outras pessoas.

* O calendário romano que é adotado no Brasil tem como início de contagem a partir do nascimento de Cristo. Antes do evento do Cristianismo, o calendário romano contava o tempo a partir da fundação da cidade de Roma.

CRUZ, Ana da. Simbologia Pascoal (Trechos da pesquisa realizada sobre as religiões, conteúdo do livro, que tenta contemplar a variedade religiosa do povo brasileiro).

Mural dos Escritores.
URL: http://muraldosescritores.ning.com/profile/blogs/simbologia-pascoal