Stonehenge

Stonehenge
Energia da Natureza

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Um Lugar no Coração



Existe um lugar no meu coração que insiste em querer apenas o seu carinho.
Por maior que ele seja, o seu espaço destinado ao amor é só seu,
e eu nada posso fazer para mudar esse sentimento.
Você entrou de uma maneira tão suave, tão branda na minha vida,
que acabou preenchendo os espaços, sem me deixar opção para escolher.

Fiquei entre te amar ou amar-te.

Resolvi amar-te.

Amar-te é entregar todos os meus sonhos e dividi-los com você.
Amar-te é pegar os teus sonhos e dividi-los comigo.
Amar-te é ansiar por sua volta, e mesmo longe sentir a tua presença.
Amar-te é respeitar o teu silêncio, com a certeza de que estou dentro dele.
Amar-te é deixar-te livre para ir, voltar e estar sempre aqui.
Amar-te é o respeito por seus ideais,
é a compreensão que dividimos até naquilo que não concordamos.
Amar-te é mais profundo que simplesmente te amar.
Amar-te é todo um compromisso, é toda uma entrega.
Amar-te é vida, é emoção, é desejo, é cumplicidade.
Amar-te é a certeza de que o tempo vai passar,
as emoções vão se modificar, mas eu vou continuar a amar-te,
porque amar-te é uma razão que não vem apenas da emoção,
mas da certeza de que somos cumplíces desse amor que ultrapassa os limites da paixão.

Nesse dia especial, quero amar-te com mais intensidade, simplesmente dizendo: eu te amo.

(Paulo Roberto Gaefke)

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

La Carta en el Camino



Adiós, pero conmigo
serás, irás adentro
de una gota de sangre que circule en mis venas
o fuera, beso que me abrasa el rostro
o cinturón de fuego en mi cintura.
Dulce mía, recibe
el gran amor que salió de mi vida
y que en ti no encontraba territorio
como el explorador perdido
en las islas del pan y de la miel.
Yo te encontré después
de la tormenta, la lluvia
lavó el aire y en el agua
tus dulces pies brillaron como peces.

Adorada, me voy a mis combates.

Arañaré la tierra para hacerte una cueva
y allí tu Capitán
te esperará con flores en el lecho.
No pienses más, mi dulce,
en el tormento
que pasó entre nosotros
como un rayo de fósforo
dejándonos tal vez su quemadura.
La paz llegó también porque regreso
a luchar a mi tierra,
y como tengo el corazón completo
con la parte de sangre que me diste
para siempre,
y como
llevo
las manos llenas de tu ser desnudo, mírame,
mírame,
mírame por el mar, que voy radiante,
mírame por la noche que navego,
y mar y noche son los ojos tuyos.
No he salido de ti cuando me alejo.
Ahora voy a contarte:
mi tierra será tuya, yo voy a conquistarla,
no sólo para dártela,
sino que para todos,
para todo mi pueblo.
Saldrá el ladrón de su torre algún día.
Y el invasor será expulsado.
Todos los frutos de la vida
crecerán en mis manos
acostumbrados antes a la pólvora.
Y sabré acariciar las nuevas flores
porque tú me enseñaste la ternura.
Dulce mía, adorada,
vendrás conmigo a luchar cuerpo a cuerpo
porque en mi corazón viven tus besos
como banderas rojas,
y si caigo, no sólo
me cubrirá la tierra
sino este gran amor que me trajiste
y que vivió circulando en mi sangre.
Vendrás conmigo,
en esa hora te espero,
en esa hora y en todas las horas,
en todas las horas te espero.
Y cuando venga la tristeza que odio
a golpear a tu puerta,
dile que yo te espero
y cuando la soledad quiera que cambies
la sortija en que está mi nombre escrito,
dile a la soledad que hable conmigo,
que yo debí marcharme
porque soy un soldado,
y que allí donde estoy,
bajo la lluvia o bajo
el fuego,
amor mío, te espero.
Te espero en el desierto más duro
Y junto al limonero florecido,
en todas las partes donde esté la vida,
donde la primavera está naciendo,
amor mío, te espero.
Cuando te digan: 'Ese hombre
no te quiere", recuerda
que mis pies están solos en esa noche, y buscan
los dulce pequeños pies que adoro.
Amor, cuando te digan
que te olvidé, y aun cuando
sea yo quien lo dice,
cuando yo te lo diga,
no me creas,
quién y cómo podrían
cortarte de mi pecho
y quién recibiría
mi sangre
cuando hacia ti me fuera desangrando?
Pero tampoco puedo
olvidar a mi pueblo.
Voy a luchar en cada calle,
detrás de cada piedra.
Tu amor también me ayuda:
es una flor cerrada
que cada vez me llena con su aroma
y que se abre de pronto
dentro de mí como una gran estrella.

Amor mío, es de noche.

El agua negra, el mundo
dormido, me rodean.
Vendrá luego la aurora,
y yo mientras tanto te escribo
para decirte: "Te amo'.
Para decirte "Te amo , cuida,
limpia, levanta,
defiende
nuestro amor, alma mía.
Yo te lo dejo como si dejara
Un puñado de tierra con semillas.
De nuestro amor nacerán vidas.
En nuestro amor beberán agua.
Tal vez llegará un día
en que un hombre
y una mujer, iguales
a nosotros,
tocarán este amor y aún tendrá fuerza
para quemar las manos que lo toquen.
Quiénes fuimos? Qué importa?
Tocarán este fuego
y el fuego, dulce mía, dirá tu simple nombre
y el mío, el nombre
que tú sola supiste porque tú sola
sobre la tierra sabes
quién soy, y porque nadie me conoció como una,
como una sola de tus manos,
porque nadie
supo cómo, ni cuándo
mi corazón estuvo ardiendo:
tan sólo
tus grandes ojos pardos lo supieron,
tu ancha boca,
tu piel, tus pechos,
tu vientre, tus entrañas
y el alma tuya que yo desperté
para que se quedara
cantando hasta el fin de la vida.

Amor, te espero.

Adiós, amor, te espero.

Amor, amor, te espero.

Y así esta carta se termina
sin ninguna tristeza:
están firmes mis pies sobre la tierra,
mi mano escribe esta carta en el camino,
y en medio de la vida estaré
siempre
junto al amigo, frente al enemigo,
con tu nombre en la boca
y un beso que jamás
se apartó de la tuya.

("Los Versos del Capitan" - Pablo Neruda)

É Proibido

“É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.

É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,

Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos

Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,

Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,

Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,

Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se
desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,

Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,

Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar a felicidade,

Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual”.

(Pablo Neruda)

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Ser simples


"Precisamos de simplicidade. Por que não ser simples?
Ser simples é adotar a idéia de que simples é o que é, de que o que é simplesmente não precisa de acréscimos.
Ser simples é amar pela natural satisfação de se estar amando e sendo amado, deixando interesses alheios ao amor do lado de fora de nossos encontros.
Ser simples é compreender que simplicidade não rima com simploriedade, pois o simples é sutil, mas simplório é afetado e imbecil.
Ser simples é consumir tão-só aquilo que pedem nossas necessidades reais; realizar apenas nossos desejos sadios; e buscar a realização somente de nossos sonhos possíveis, sem subestimar ou potencializar demais aquilo que somos, temos, sabemos e podemos ser.
Ser simples é dar circulação à verdade, porque a mentira é uma forma de não-ser e porque onde não há verdade a liberdade não pode comparecer.
Ser simples é desejar só os objetos de nossos desejos naturais, sem cairmos na armadilha daqueles que nos querem autômatos e artificiais.
Ser simples é ver-se diante dos problemas e ter a sabedoria de não se preocupar, pois todo problema ou tem ou não tem solução; se há solução, para que preocupação? Se solução não há, para que se preocupar?
Ser simples é falar quando a fala emerge, permanecer sem forçação, ir quando se deve e silenciar se o silêncio pede.
Ser simples é fazer da inteligência uma aliada, e não um entupimento esnobe ou um complicador de nossa jornada.
Ser simples é levar a vida a sério, mas sem fazer-se sério, o que implica brincar por brincar, trabalhar para realizar-se, comprometer com que se pode cumprir e se envolver quando o que se pede é a capacidade de se entregar.
Ser simples é mudar o mutável, conviver com o pronto e acabado e ter consciência da diferença entre o que é permanente e o que está em vir-a-ser.
Ser simples é não duplicar ou multiplicar desnecessariamente, pois há o uno do que sou, do que as pessoas são, o uno de todo existente.
Ser simples é saber com certa exatidão o que se sabe, pode e deve fazer; que há coisas que podem ser feitas, coisas que só poderão ser feitas amanhã; e outras que nunca poderão ser se fazer.
Ser simples é sacar que se o sentido existe, é importante vivê-lo intensamente; que se sentido não houver, é preciso deixar de construí-lo definitivamente.
Ser simples não é viver com menos, nem viver com mais: é viver com o que é necessário, suficiente e real. Sobras e faltas são males. Só a justeza é o grande bem que afugenta o mal.
Ser simples é aceitar que temos uma vida breve e curta, e que, se somos humanos, podemos dar-nos uns aos outros enquanto pulsa-nos o espírito, a mente e o corpo.
Ser simples é ter para viver confortavelmente. A cratera interminável de bens de consumo e de riqueza material pode ser uma arapuca: aprisionar aquele a quem deveriam ter por dirigente e senhor. O número de gente que está sendo dirigida pelo senhorio das coisas já se configura um excesso preocupante... por que entrar nessa fileira?
Ser simples é viver e deixar viver, dar os ombros ou “de ombros” conforme a ocasião, mas nunca deixar de fazer-se companheiro de verdade, amigo sincero, verdadeiro irmão".
(Wilson Correia)